terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Hidrogenio e celulas de combustivel podem criar 675 mil novos empregos só nos EUA

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Um estudo desenvolvido pelo Departamento de Energia Norte Americano revela que a comercialização de células de combustível e a utilização de hidrogénio em vez da gasolina pode gerar 675 mil novos empregos, nos próximos 25 anos, só nos EUA. O estudo foi já enviado ao Congresso para análise.

A comercialização deverá criar empregos ao nível da manufacturação, montagem, produção de fuel, reparação, reciclagem, construção, entre outros. «Este documento confirma o potencial económico das células de combustíveis no nosso país», segundo Robert Rose, Director Executivo da respectiva associação industrial. «Também vem confirmar que quando mais rápido se der esta transição, mais rápido se criarão os novos empregos», salientou o responsável da US Fuel Cell Council.

O estudo compara um cenário em que 89 por cento dos novos veículos vendidos utilizam células de combustível e em que 5 por cento da energia utilizada nos EUA é produzida a partir de células de combustível, em 2035, e outro em que 20 por cento dos novos veículos vendidos utilizam células de combustível e em que 2 por cento da energia utilizada é produzida a partir de células de combustível. Ora, a análise deixa claro que no cenário mais agressivo são criados três vezes mais empregos do que no outro. O estudo avalia a utilização de células de combustível nos transportes, em aplicações estacionárias e portáteis.Perante estes dados, Robert Rose, esclareceu: «Esta é uma oportunidade para os EUA, pois os primeiros países que comercializarem esta tecnologia vão ganhar mais empregos, e outros países estão já a investir nesta perspectiva.


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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CE terá maior potencial eólico instalado do País

Até junho de 2009, o Ceará será o Estado brasileiro com maior potencial eólico instalado, somando uma capacidade de 500 MW, mas isso representa apenas 5% do que os ventos cearenses podem oferecer. Outras usinas já estão sendo planejadas pela iniciativa privada e fábricas de componentes já cogitam serem implantadas aqui, mas, para concretizar novos investimentos, é preciso garantir um planejamento estratégico federal para o setor eólico, através da manutenção dos leilões. Esta vem sendo a maior luta do governo do Estado na área.

´De 1.500 MW leiloados pela Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], o Ceará ficou com 500 MW, mas a grande meta é assegurar que o governo federal faça novos leilões, porque nenhuma empresa vai iniciar um investimento sem ter a certeza de que terá demanda, porque são os leilões que asseguram a compra da energia´, afirmou ontem o governador Cid Gomes, durante a inauguração dos parques eólicos de Canoa Quebrada e Lagoa do Mato, em Aracati.

´Os leilões nos permitirão atrair os fabricantes dos diversos componentes. O Ceará já fabrica o transformador. Nesse parque eólico aqui [Canoa Quebrada], o transformador foi feito por empresa cearense, mas o Estado precisa ter mais empresas na área. Na fabricação de pás, já tem uma que é a Wobben, mas que a gente pode ampliar ainda mais, nas torres e nos geradores´, aponta.

Os parques eólicos inaugurados ontem possuem potência total de 14 MW, mas, segundo o diretor presidente da Rosa dos Ventos — empresa responsável pelo empreendimento, Armando Ferreira, já existe um projeto para ampliá-los para 25 MW. Ele ainda não tem idéia do investimento, mas está à espera do leilão, que deverá ocorrer em maio de 2009. A Rosa dos Ventos ainda planeja outros cinco parques eólicos no Ceará, sendo dois em Trairi, dois em Icapuí e outra em Paraipaba.

A concretização destes novos empreendimentos também depende do leilão da Aneel. A empresa ainda deve implantar quatro parques no Piauí e dois no Rio Grande do Norte, contabilizando R$ 1,5 bilhão em investimentos com as novas 11 usinas eólicas. Parte dos componentes utilizados nos parques do Cariri foi trazida da Índia, e a expectativa do governo é de que, em um horizonte próximo, estes equipamentos possam ser produzidos aqui. ´Estamos gerando emprego na Índia, podendo gerar aqui. Se o Brasil garante um plano estratégico para energia eólica de 10 a 15 anos, garante vir empresas´, afirma Cid Gomes. ´Mas o nosso potencial precisa do convencimento dos órgãos superiores. A energia hidráulica é mais barata, o que cria ilhas de má vontade com a eólica´, comenta.

Acreditando na continuidade dos leilões, o investidor Per Sorensen, diretor da Suzlon Energia Eólica do Brasil Ltda., informou que a empresa pretende construir fábricas de pás e naceles (carcaças montadas sobre a torre, onde se situa o gerador) no Ceará. ´Estamos pretendendo começar no fim de 2009 ou em 2010. Estamos investigando o terreno de 200 hectares, perto da rodovia 116, a 40 quilômetros de Fortaleza´, detalha. Segundo ele, são duas fábricas, uma para cada componente. O projeto está ainda em fase de elaboração, e ele não sabe precisar o volume de investimento necessário. ´Mas serão muitos milhões. Vamos procurar financiamento com BNB, BNDES e incentivos próprio Estado´, acrescenta.

Para viabilizar o empreendimento, ele afirma que seria necessário que se leiloassem 1 mil megawatts de energia eólica por ano, durante, pelo menos, seis anos. ´O ideal seria que fossem 18 anos, mas com seis dá pra fazer´. Ele acredita que a fábrica pode ser viabilizada direcionando os componentes para o mercado externo. ´É uma válvula de segurança´.

DE IMPORTADOR A EXPORTADOR
Autonomia energética virá em três anos

Além da autonomia energética, o Estado prevê garantir a auto-suficiência também em grandes equipamentos na Capital

O Ceará poderá passar de importar de energia para exportador. Em três anos, o Estado terá, com os investimentos em curso, a sua autonomia energética. Agora, o Governo do Estado quer garantir também a auto-suficiência energética em alguns dos grandes empreendimentos que vêm se desenhando na Capital. Um deles é o Pavilhão de Feiras e Eventos. O governador disse já ter recomendado à Secretaria de Turismo que estude a implantação de uma torre aerogeradora no local.

O projeto de Centro Olímpico, que está sendo pensado para se juntar à estrutura do Castelão, também poderá ser abastecido com gerador eólico próprio. Cid Gomes informou que está sendo desenvolvida uma Parceria Público-Privada, cuja empresa está realizando o projeto do empreendimento. O centro, entretanto, só será efetivado, se Fortaleza for escolhida como uma das sedes para a Copa do Mundo de 2014.

Além dos novos investimentos em eólicas, o Estado está sendo prospectado pela iniciativa privada para novas usinas de energia solar e de biomassa. O presidente da Rosa do Ventos, Armando Ferreira, adiantou que a empresa já pensa em instalar no Ceará uma planta de energia através da biomassa com potência para 30 MW. O investimento, que está orçado em R$ 100 mil, tem expectativa de início das obras para 2009.

Entretanto, esse prazo pode não ser cumprido por conta do foco agrícola, hoje na produção de álcool e açúcar. Para produzir a energia pela biomassa, será plantado em alguma fazenda no Estado, cuja localização ainda está em fase de estudo, o chamado capim elefante, que será queimado em caldeia. ´Esperamos que toda a parte técnica e de financiamento esteja pronta em 2009´, informa.

Além disso, o acionista e diretor da Ventania S.A — que participa societariamente da Rosa dos Ventos, Armando Abreu, acrescenta que existem planos para novas fábricas de energia solar no Ceará. ´Estamos fazendo os estudos técnicos, mas não temos dúvida de que será no Ceará´, afirma.

O Estado já terá a maior usina comercial de energia solar da América Latina. Ela será instalada em Tauá pela MPX, e terá investimentos de US$ 25 milhões, com potência para produzir 50 MW. 

PROSPECÇÃO NA CHINA
Nova investida para tentar assegurar montadora

O governo estadual vai fortalecer a sua busca por uma montadora no Ceará na próxima visita à China, que será feita por uma comitiva governamental, da qual fará parte o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), Antônio Balhmann. A viagem de prospecção de negócios, antecipada pelo Diário do Nordeste, deverá ocorrer no fim deste mês ou no início do próximo. ´A montadora nós estamos tentando há muito tempo. É fundamental para o desenvolvimento do Estado do Ceara que tenha implantado aqui também montadoras e o pólo metalmecânico. Este é o sentido maior da luta pela siderúrgica´, informou. O governo também irá prospectar negócios na área de mineração, bioenergia, biotecnologia e irá visitar uma siderúrgica da JFE Steel, empresa que estuda se integrar ao consórcio da Companhia Siderúrgica de Pecém.

´A China tem sido um local de grandes investimentos, e há uma diretriz do governo chinês de fazer investimentos em outros países´, acrescenta o governador Cid Gomes.

Siderúrgica e refinaria

Sobre a siderúrgica, ele informa que os incentivos fiscais já estão garantidos através de determinação federal para empreendimentos cuja produção é voltada à exportação. ´Eles não estão pedindo nada de específico em incentivo. Tem algumas matérias-primas que são utilizadas, mas isso foi feito para todos os empreendimentos, nada de excepcional´, informou. Já em relação à refinaria, perguntado se o Termo de Compromisso, espécie de contrato do projeto, será mesmo assinado até 20 de dezembro, de acordo com o que previa o Memorando de Entendimentos assinado em agosto, Cid Gomes se limitou a dizer: ´Esse é o calendário normal´, concluiu. 

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com