quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Avião movido a hidrogênio

Ainda neste mês o mundo verá o vôo de estréia do avião Antares, o primeiro movido a hidrogênio. Sua propulsão é feita por meio da tecnologia de célula de combustível.

Com uma mecânica similar à dos carros a hidrogênio, o Antares tem um motor elétrico, um tanque de hidrogênio em estado gasoso e a chamada célula de combustível, em vez de um motor de combustão. Abastecida de gás, essa célula produz energia elétrica e libera água em vez de gases poluentes.

O Antares foi projetado no Centro Aeroespacial da Alemanha. Foi a partir desse avião experimental que a mesma instituição projetou o Airbus A320 Atra -- um jato comercial dotado de sistema auxiliar de energia abastecido de hidrogênio que já voou em testes.


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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ÁGUA CONTAMINADA POR URÂNIO

ÁGUA CONTAMINADA POR URÂNIO PÕE EM RISCO POPULAÇÃO NO SERTÃO BAHIANO 
Foto da cidade de Caetité, sertão da Bahia - 3ª maior produtora de 
urânio do país Produção de urânio contamina água na Bahia, diz 
Greenpeace

"Uma das amostras de água foi coletada de um poço artesiano a cerca 
de oito quilômetros da mina e apresentou concentrações de urânio sete 
vezes maiores do que os limites máximos indicados pela OMS e cinco 
vezes maiores do que os especificados pelo Conama" 

Estadão Online - 17/10/2008

Um relatório divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Greenpeace afirma 
que a água utilizada para consumo humano na área da mina de urânio de 
Caetité, no sertão da Bahia, está contaminada."Resultados (de 
análises) comprovam que há contaminação por urânio na água usada para 
consumo humano na área de influência direta da INB em Caetité", 
afirma o relatório Ciclo do perigo: impactos da produção de 
combustível nuclear no Brasil.

Segundo o Greenpeace, análises preliminares "mostram que pelo menos 
duas amostras de água utilizada para consumo humano apresentam 
contaminação por urânio muito acima dos índices máximos da 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e da legislação brasileira do 
Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama)".
Essa mina de urânio é gerenciada desde 2000 pela estatal Indústrias 
Nucleares do Brasil (INB), controlada pela Comissão Nacional de 
Energia Nuclear (CNEN) e subordinada ao Ministério da Ciência e 
Tecnologia, responsável pelo complexo de extração e produção do 
yellow cake (concentrado de urânio), gerador do combustível para as 
usinas nucleares brasileiras.

Procurada pela BBC Brasil, a INB informou, por meio de sua assessoria 
de imprensa, que ainda não teve acesso ao relatório só irá se 
manifestar depois de ter conhecer detalhes do documento.
O Ministério da Ciência e Tecnologia também informou por meio de sua 
assessoria de comunicação que não iria se pronunciar sobre o 
relatório.Amostras - As amostras foram coletadas em abril deste ano, 
em um raio de 20 quilômetros, que é a "área de influência direta da 
mina conforme definido no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental 
(EIA/Rima) do empreendimento", conforme a organização. 

A análise foi feita por um laboratório independente no Reino 
Unido."Uma das amostras de água foi coletada de um poço artesiano a 
cerca de oito quilômetros da mina e apresentou concentrações de 
urânio sete vezes maiores do que os limites máximos indicados pela 
OMS e cinco vezes maiores do que os especificados pelo Conama", diz o 
relatório.Essa amostra continha 0,110 miligramas por litro (mg/L) de 
urânio, segundo o relatório. A OMS estabelece um limite de 0,015 
mg/L, e o Conama, 0,02 mg/L.
O relatório diz que a ingestão contínua de urânio pode causar 
diversos danos à saúde, "tais como a ocorrência de câncer e problemas 
nos rins".

'Riscos conhecidos' 
O Greenpeace afirma que os riscos de contaminação já eram conhecidos. 
O documento diz que dados obtidos através de pesquisa 
documental "revelam que os riscos de contaminação da água foram 
apontados no EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do 
empreendimento, sendo, portanto, velhos conhecidos do INB e dos 
órgãos licenciadores e fiscalizadores da atividade de mineração de 
urânio, Ibama e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)".

A organização afirma que, segundo moradores, "o INB colhe amostras em 
intervalos regulares de 60 ou 90 dias para análises" e os habitantes 
não receberam informações da empresa sobre a qualidade da água.
O Greenpeace também afirma que "os processos de licenciamento nuclear 
e ambiental da INB em Caetité são controversos".Segundo o Greenpeace, 
a exploração da mina foi licenciada pelo Ibama e pela CNEN em 2002, 
mas "até hoje a INB não cumpriu a obrigação prevista no EIA/Rima e na 
licença da operação do Ibama de monitorar a saúde dos trabalhadores e 
da população que vive no raio de 20 quilômetros no entorno da mina".

O relatório diz ainda que a Autorização de Operação Inicial (AOI), 
concedida pela CNEN, "foi renovada pelo menos seis vezes, 
contrariando regras da própria comissão que permitem apenas duas 
renovações da autorização provisória".
Segundo o Greenpeace, a INB "pretende dobrar sua capacidade anual, 
chegando a produzir 800 toneladas de yellow cake por ano em 
Caetité".O Greenpeace encaminhou a denúncia ao Ministério Público 
Federal da Bahia.

A organização pede "uma investigação ampla e independente sobre a 
qualidade da água e sobre as condições de saúde da população que vive 
no entorno da INB para identificar a fonte exata e a extensão da 
contaminação", além do fornecimento emergencial de água potável para 
a população atingida.
A ONG pede ainda a "realização urgente, sob mandato do Ministério 
Público Federal, de auditoria independente sobre a atuação da INB em 
Caetité". (Fonte: Estadão Online)

Onde fica CAETITÉ

Caetité é um município brasileiro da Bahia, distante 757 quilômetros 
da capital do estado, Salvador
Economia - Na pecuária destaca-se com um rebanho bovino com mais de 
32 mil cabeças. 
Na mineração conta com ricas jazidas de urânio, ametista, manganês e 
ferro (esta descoberta no começo do século XXI. 
A jazida ferrífera virá a ser explorada pela companhia mineradora 
indiana instalada em joint-venture com o nome de Bahia Mineração 
Ltda - BML. 
O depósito conta com 4 a 6 bilhões de toneladas, e uma produção anual 
estimada em cerca de doze milhões de toneladas anuais - a terceira 
maior do Brasil.

Área 2.306,382 km² 
População 48.525 hab. est. 2006 
Densidade 21,0 hab./km² 
Altitude 825 metros 
Clima tropical 
IPB - R$ 103.265.093,00 (Fonte: IBGE/2003)